Diante da importância de uma boa alimentação para a promoção da saúde, surge a necessidade de explorar novas estratégias nutricionais. Nesse cenário, a dieta anti-inflamatória acaba sendo uma opção para aqueles que buscam não apenas a boa nutrição do corpo, mas também a redução da inflamação crônica, associada a diversas condições clínicas.
Além de auxiliar na queda da produção de substâncias inflamatórias no corpo, a proposta é equilibrar o sistema imunológico através de alimentos ricos em antioxidantes, ácidos graxos e ômega-3.
Por isso, se você quer saber mais a fundo sobre essa dieta, bem como sobre quem deve adotá-la, confira o conteúdo a seguir!
O que caracteriza a dieta anti-inflamatória?
A dieta anti-inflamatória é um estilo alimentar que se concentra em consumir alimentos que ajudam a reduzir a inflamação no corpo. Esse regime visa combater processos inflamatórios crônicos que podem contribuir para o desenvolvimento de diversas outras condições de saúde, como problemas cardíacos, diabetes e artrite.
Para isso, adota-se uma série de alimentos que possuem propriedades anti-inflamatórias, com o intuito de promover o equilíbrio do sistema imunológico.
Também existem alguns princípios básicos da dieta anti-inflamatória. São eles:
- Foco em fontes de ácidos graxos e ômega-3.
- Substituição de gorduras saturadas por gorduras saudáveis.
- Escolha de grãos integrais em vez de refinados.
- Exclusão de alimentos ultraprocessados do regime.
- Redução da ingestão de carne vermelha.
Alimentos antioxidantes
Uma das iniciativas adotadas na dieta anti-inflamatória é a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, já que eles ajudam a combater o estresse oxidativo no corpo.
A seguir você confere algumas opções que são frequentemente consumidas em dietas anti-inflamatórias:
- Acelga.
- Amêndoas.
- Amora.
- Chá verde.
- Chocolate amargo.
- Couve.
- Cúrcuma.
- Espinafre.
- Feijão.
- Framboesa.
- Gengibre.
- Grão-de-bico.
- Laranja.
- Lentilha.
- Limão.
- Mirtilo.
- Morango.
- Nozes.
- Pimentão.
- Sementes de chia.
- Sementes de linhaça.
- Tangerina.
- Tomate.
Relação entre alimentação e imunidade
A relação entre alimentação e imunidade é destacada pela abordagem da dieta anti-inflamatória, que foca em aprimorar as defesas naturais do corpo.
Em resumo, o regime busca diminuir o estresse oxidativo, que nada mais é do que o acúmulo de substâncias prejudiciais no organismo. Dessa forma, uma dieta balanceada e rica em nutrientes essenciais fortalece o sistema imunológico, tornando o corpo mais resistente a infecções e doenças.
A inclusão de alimentos como frutas cítricas, vegetais de folhas verdes e proteínas magras é uma das estratégias para melhorar o sistema imunológico, capacitando-o a responder de forma otimizada aos desafios externos.
Qual o papel da dieta anti-inflamatória?
Apesar de muitas pessoas adotarem a dieta anti-inflamatória como parte de um estilo de vida saudável, é importante ressaltar que, embora essa conduta alimentar possa oferecer benefícios para o corpo, é necessário considerar alguns pontos.
Como já citado, a proposta central dessa dieta é incorporar alimentos reconhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, com o objetivo de diminuir os processos inflamatórios crônicos no organismo.
No entanto, é essencial consultar um profissional de saúde antes de fazer mudanças significativas na dieta, especialmente para pessoas que fazem uso de medicações. Também, é fundamental destacar que a sua eficácia pode variar de pessoa para pessoa, e sua implementação deve ser recomendada por um nutricionista e acompanhada de:
- Hábitos de vida saudáveis.
- Atividade física regular.
- Sono adequado.
Além disso, é crucial compreender que a dieta anti-inflamatória não é a única solução para todos os problemas de saúde. Ela não deve substituir prescrições médicas, afinal, não é a cura para doenças, muito menos uma alternativa milagrosa.
Portanto, ao considerar essa dieta, é essencial ter em mente que ela não será a solução para os problemas de saúde graves, mas apenas um auxílio para a promoção do seu bem-estar geral.
Quais são os alimentos que compõem a dieta?
A dieta anti-inflamatória inclui uma variedade de alimentos frescos e integrais, promovendo uma ingestão balanceada de todos os macro e micronutrientes essenciais.
Alimentos permitidos
A dieta anti-inflamatória está relacionada à promoção do equilíbrio fisiológico e à saúde do intestino, então incluir alimentos ricos em fibras e probióticos, como iogurte e alimentos fermentados, pode favorecer o organismo e, consequentemente, reduzir a inflamação.
A seguir, você confere mais opções que estão presentes nesse estilo alimentar:
- Abacate.
- Alho.
- Azeite de oliva extra virgem.
- Canela.
- Chia.
- Chocolate amargo (com alto teor de cacau).
- Cogumelos.
- Gengibre.
- Gergelim.
- Iogurte grego (sem adição de açúcar).
- Linhaça.
- Óleo de coco.
- Peixe (rico em ácidos graxos e ômega-3, como salmão e sardinha).
- Pimenta-caiena.
- Pimenta-preta.
- Quinoa.
- Semente de abóbora.
- Semente de girassol.
- Tofu.
Alimentos que devem ser evitados
Alguns alimentos são geralmente evitados na dieta anti-inflamatória, devido à presença de substâncias que têm o potencial de desencadear respostas inflamatórias no organismo, comprometendo o equilíbrio fisiológico e contribuindo para a manifestação de diversos problemas de saúde.
Veja abaixo os alimentos que devem ser menos consumidos no regime:
- Alimentos fritos e ricos em gorduras trans.
- Alimentos ultraprocessados ricos em gorduras saturadas, como fast food.
- Açúcares refinados e produtos com alto teor de açúcar adicionado.
- Álcool em excesso.
- Carnes processadas e embutidos.
- Glúten.
- Grãos refinados e produtos de farinha branca.
- Laticínios integrais.
- Óleos vegetais refinados.
- Produtos com alto teor de sal e sódio.
Afinal, a dieta anti-inflamatória é ciência ou moda?
A dieta anti-inflamatória é frequentemente recomendada para indivíduos que buscam maneiras de reduzir a inflamação crônica em seus corpos. Também, ela muitas vezes promove escolhas alimentares saudáveis e conscientes, encorajando a adoção de um estilo de vida mais equilibrado.
Por outro lado, os contras desse regime podem surgir quando é visto como uma solução única ou uma cura milagrosa. Há a tendência de algumas pessoas acreditarem que essa dieta pode substituir completamente a necessidade de tratamentos médicos convencionais, o que não é verdade.
Além disso, as restrições alimentares podem resultar em deficiências nutricionais se não forem cuidadosamente equilibradas. A rigidez extrema na adesão à dieta também pode torná-la difícil de seguir a longo prazo.
Vale ressaltar também a importância de uma orientação de profissionais (médicos e nutricionistas) antes de iniciar essa abordagem nutricional. Só eles podem direcionar adaptações para uma alimentação restrita, desde que haja condições clínicas presentes na saúde do indivíduo. Se esse não for o seu caso, busque uma dieta equilibrada, sem focar nos modelos restritivos.
Referências
Papel da Dieta na Prevenção e no Controle da Inflamação Crônica – Evidências Atuais
Alimentos anti-inflamatórios e suas respostas fisiológicas benéficas aos maratonistas